Já parou para se perguntar como as aplicações em Software são feitas? Como são organizadas tantas funcionalidades, especialmente no período de desenvolvimento delas simultaneamente pela equipe de desenvolvedores?

Foi exatamente dessa necessidade de levantar e avaliar os desejos e vontades explícitas e implícitas de um produto que surgiu a Engenharia de Requisitos. Ela é fundamental na obtenção de uma aplicação mais fiel com aquilo que é esperado pelo usuário e com o que foi traçado para seus objetivos.
Requisitos
Os requisitos de um software são a descrição, geralmente em linguagem natural, que definem o que um sistema deve fazer — a fim de atender as necessidades dos usuários — e sob quais restrições.
Há dois tipos de requisitos para definir as duas características supracitadas. O primeiro, chamado de Requisitos Funcionais, buscam explicitar quais são as atividades e serviços que a aplicação prestará. Já o segundo, chamado Requisitos Não-Funcionais, são relacionados com a qualidade dos serviços prestados pelo sistema, configurando restrições ao seu funcionamento a fim de exigir performance.
Vamos considerar um sistema de home-banking, como o Nubank.
- Requisito Funcional: Informar o saldo e extrato de uma conta;
- Requisito Não-Funcional: Realizar 99% de todas as transações realizadas em qualquer janela de 5 minutos devem ter um tempo de resposta máximo de 1 segundo;
Perceba que o Requisito Funcional é ligado àquilo que o usuário deseja executar na aplicação, enquanto que o Requisito Não-Funcional é relacionado a sob qual circunstância aquela atividade deve ocorrer.
Por que levantar requisitos?
Agora que você entende o que são requisitos, talvez esteja se perguntando qual a necessidade de usá-los em um projeto de desenvolvimento de software.
A resposta para esse questionamento é simples: Um sistema que possui o melhor design, implementado na linguagem mais moderna, utiliza o melhor processo de desenvolvimento, tem alta cobertura de testes e não consegue atender às necessidades de seus usuários é inútil.
A não elicitação de requisitos no início de projetos também pode custar caro ao orçamento. Quando esses erros de funcionalidades incoerentes são descobertos – depois que o sistema está pronto – trabalho adicional pode ser necessário. Isso pode ser resultado de uma especificação de requisitos incorreta ou até mesmo não especificar requisitos importantes.
Por fim, existe o risco de entregar um sistema que vai ser rejeitado pelos seus usuários, pois ele não resolve os seus problemas.
Pensar nas engenharias, como a Civil, pode ser fácil. Afinal, conseguimos abstrair muito bem como mensurar uma casa, criar o projeto dela, executar uma planta, criar modelos computacionais. Tudo isso garante que antes e durante a execução do projeto, ele saia de acordo com o que é esperado pelo cliente.
Contudo, tente abstrair os mesmos conceitos na Engenharia de Software. Como você consegue mensurar funcionalidades, garantir que o produto resolve a dor do seu usuário, que atende especificações de usabilidade e performance esperados?
É exatamente daí que surge a enorme importância de utilizar a Engenharia de Requisitos a fim de assegurar que todos esses pontos sejam atendidos, minimizando o retrabalho e enxugando custos desnecessários com o projeto, além de, é claro, ter um desenvolvimento da aplicação mais ágil e assertivo.
E como eu levanto requisitos no meu projeto?
A elicitação de requisitos é sistemática e metódica. Várias ferramentas são utilizadas desde o processo de ideação até a validação dos requisitos do produto.
Foi pensando nessa dor que a Orc’estra Gamificação desenvolveu um treinamento de custo acessível para ensinar e democratizar o conhecimento sobre a elicitação de requisitos para colaboradores de empresas que desenvolvem softwares.
Sabe qual o melhor? É que ele é Gamificado. Sabemos que 70% do aprendizado vem da aplicação prática daquilo que absorvemos, contrapondo 10% da leitura, por exemplo.
Por isso, nosso compromisso não é só com o conhecimento de qualidade, mas com a garantia de aprendizado máximo, eficiente e lúdico das pessoas envolvidas no treinamento.
Nesse programa, que geralmente dura quatro horas durante três dias, estudamos de forma colaborativa tudo o que é preciso para garantir um desenvolvimento fluido do seu projeto a partir de uma elicitação excelente dos requisitos do seu projeto.
Assim, colocamos aqui embaixo alguns passos que podem te ajudar nessa jornada de estudo e que nós trazemos com grande profundidade e ênfase em nosso Treinamento de Requisitos.
- Introdução
- O que são requisitos?
- Quais tipos de requisitos existem?
- Requisitos Funcionais;
- Requisitos Não-Funcionais.
- Como eu diagnostico e elicito requisitos?
- O uso do 5W2H na elicitação;
- O que é o Rich Picture e como garantir que os requisitos são coerentes com ele?
- Quais as melhores estratégias de definição de escopo?
- Como direcionar uma boa entrevista e questionários para levantar requisitos?
- O papel do Mapa Mental na organização do escopo;
- Mapa do Fluxo de Usuário na delimitação do escopo do projeto;
- Definição de escopo a partir de um diagnóstico profundo com o diagrama de espinha de peixe.
- Quais os passos para idear o produto com os requisitos levantados?
- O método da demonstração relâmpago;
- Ferramenta dos Seis Chapéus;
- A construção de um Storyboard;
- E agora!? Como priorizar o importante no meu projeto?
- Organizando tudo com um Backlog do produto eficaz;
- Como usar a tática MoSCoW para priorizar as histórias de usuário?
- Chegando na prototipação
- Estratégias para a construção de um protótipo de alta fidelidade encantador.
- Validando e verificando tudo antes de desenvolver
- Testes de usabilidade.
Bacana, não é? Esperamos que com este artigo você tenha conseguido entender o que são requisitos, qual sua importância e ter um direcionamento de quais os próximos passos para estudá-los mais afundo e aplicá-lo.
Se você ficou interessado para aprender com mais profundidade todo o processo mencionado acima por meio de um Treinamento de Requisitos Gamificado e como ele pode impulsionar os resultados da sua empresa com projetos de software mais ágeis e assertivos, fale conosco!
Texto por: Brian Pina – Diretor de Projetos