
Como já foi dito em posts anteriores aqui do blog, como Gamificação no ambiente de trabalho e nas escolas, a gamificação está presente em diversos ambientes e áreas diferentes. Agora vamos tratar sobre gamificação na saúde, e como ela pode impactar o cenário e trazer mudanças positiva para todos os envolvidos.
De acordo com Brazil – US Business Council e U.S Chamber of Commerce, o aumento de doenças crônicas não transmissíveis, como câncer e diabetes, indicam uma perda de 8,7% do PIB brasileiro em 2030. Esse fato é ainda mais crítico quando vemos que, de acordo com o Ministério da Saúde, 72% dos óbitos no Brasil são causados por essas mesmas doenças crônicas.
Sabemos então, que para esses casos o acompanhamento médico, assim como o autocuidado do paciente é de extrema importância para evitar que tais enfermidades se desenvolvam nos pacientes. Assim como desenvolver hábitos saudáveis no paciente e em todos a sua volta para que o ciclo social de todos possa ser afetado de forma positiva.
Mas como a gamificação vai mudar isso?
A gamificação está mais próxima do que pensamos. Sabe quando você compra um celular e ele vem com aquele aplicativo de saúde instalado que recolhe diversos dados sobre número de passos, batimentos cardíacos, distância diária percorrida, ou até mesmo quantos copos de água que você tomou? Isso já é gamificação, porém de forma mais informal e impessoal.

Apenas isso é necessário para criar hábitos saudáveis nas pessoas?
Não, essa gamificação que eu citei é apenas um caso de como a gamificação está presente em pequenos detalhes da nossa vida. Ela pode ser muito mais poderosa do que se imagina, porém precisamos ter um objetivo em mente, se desenvolver e se adaptar em conjunto com ajuda médica especializada.
Mas como?
Vamos aplicar a gamificação em um exemplo. Primeiro temos uma paciente com diabetes, ela necessita tomar alguns medicamentos para conseguir balancear e equilibrar a sua glicose, conforme foi recomendado pelo médico. Diariamente, após fazer o uso do medicamento, ela faz a marcação em um tabela virtual no qual o médico também tem acesso e com isso ganha pontos. Esses pontos podem ser completamente personalizados pelos médicos, vamos supor que ela ganhe 1 ponto por dia e a cada 10 dias, ela estaria liberada para comer um docinho. Para algumas pessoas isso seria uma das formas de se engajar para alcançar esse objetivo.
Outro exemplo seria, em uma empresa os funcionários trabalham por 8 horas diárias, porém sabemos que ficar 8 horas na frente do computador não é bom para a visão. Sendo assim é definido em uma aplicação (para celular ou desktop), um timer de intervalo. A cada 4 horas os funcionários têm 20 minutos de descanso. A cada descanso efetuado, o funcionário ganha pontos que podem ser colocados em um ranking e ao final de um período de tempo, 1 mês, 3 meses ou 6 meses. Os melhores colocados são recompensados com algo definido pela instituição. Novamente, a gamificação ela é completamente adaptável e escalável.
Papel das pessoas na gamificação
É necessário que haja responsáveis para tratar dos dados dos pacientes que estão em um processo de gamificação. É importante que todos vejam a evolução do paciente e possam aferir resultados de maneira mais assertiva baseada nos resultados que foram coletados. Esses responsáveis, podem ser os médicos, enfermeiros, cuidadores ou até mesmo os funcionários de RH que cuidam da gestão de pessoas dentro de uma empresa. A gamificação tem um poder de mudar ambientes e rotinas, mas todos devem estar imersos e entregues nesse processo. Principalmente, pacientes que necessitam de atenção e cuidados especiais.
Uma das formas de engajar pessoas, é pela competitividade presente na natureza do ser humano. Algumas pessoas têm sede por competitividade e querem sempre superar, amigos que essas pessoas se espelham, ou até mesmo a si próprios. Porém, temos que promover uma competição saudável para que todos possam se engajar juntos para criar uma rotina saudável.
Sabemos que funcionários desmotivados ou até mesmo pouco saudáveis podem ocasionar em pouco engajamento e contribuem com a diminuição da produtividade da empresa. Tratando casos como esses com a gamificação, você pode proporcionar aos seus colaboradores e amigos uma experiência divertida e o comportamento irá refletir em sua atuação dentro da organização como um todo.
A gamificação na saúde é para todos?
No artigo “Gamification for Health and wellbeing: A systematic review of the literature”, publicado em 2016 na revista ScienceDirect, os autores buscavam entender sobre a eficiência da gamificação no tratamento de pacientes em relação ao engajamento deles. As evidências, de acordo com o estudo, apontam para um impacto positivo na saúde e no bem-estar, ainda que alguns casos o uso de aplicativos possa ser neutro ou até mesmo negativo. De fato, a gamificação não é completamente indicada para todos os casos, porém quando incentivada ela tem um poder de mudança muito grande.
Para saber mais sobre gamificação e seus benefícios fique a vontade para ler nosso post “O que é gamificação e como ela pode mudar a sua vida”, para navegar pelo blog, nos seguir nas redes sociais (Linkedin, Instagram e Facebook), ouvir nosso podcast ou entrar em contato conosco!